Mesmo nos países que vacinaram boa parte da população, estamos presenciando um aumento de casos de COVID-19. Você sabe por quê?
Esse fenômeno se deve, especialmente, à disseminação da variante Delta, que é a mais transmissível e que “escapa” um pouco da proteção obtida apenas com a 1ª dose da vacina, o que torna a vacinação completa ainda mais decisiva para a proteção contra essa variante. E também pela chamada “pandemia entre os não vacinados”. Ou seja, a grande maioria dos casos está ocorrendo em quem não se vacina. Saiba mais:
– Enquanto a maioria da população não está vacinada, o vírus continua circulando e se modificando devido ao seu processo natural de evolução e adaptação. Por isso surgem as novas variantes, como a Delta;
– As vacinas têm salvado milhões de vidas no mundo e os casos de hospitalizações e de morte são majoritariamente entre os não vacinados:
– De acordo com um levantamento feito pela Universidade de São Paulo (USP) e pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), por meio da plataforma de monitoramento Info Tracker, 91,49% das pessoas no Brasil que morreram de COVID-19 entre os meses de maio e julho de 2021 não estavam vacinadas ou estavam parcialmente protegidas com apenas um das doses das vacinas;
– Segundo um relatório do Departamento de Saúde e Serviços Humanos da Carolina do Norte, no Estados Unidos, divulgado em 27 de agosto e baseado em um período de 4 semanas, pessoas não vacinadas tiveram 15,4 vezes mais chances de morrer de COVID-19 do que quem estava vacinado;
– Já com relação à perda de eficácia das vacinas em idosos e imunossuprimidas, esse fenômeno está ocorrendo após cerca de 6 meses após terem tomado a 2ª dose da da vacina e independentemente da vacina usada. Em Israel, por exemplo, houve um aumento de casos nesse grupo mesmo após as duas doses da Pfizer, por isso o país também iniciou a aplicação da dose de reforço nesse grupo.
“Foi com a vacinação em massa que erradicamos a varíola do planeta, controlamos outras doenças e precisamos também fazer para controlarmos a pandemia da COVID-19. E quanto maior a taxa de reprodutibilidade basal do vírus, como é o caso da variante Delta, no qual uma pessoa chega a infectar cerca de 6 a 7 pessoas, dependemos mais de uma ampla cobertura vacinal para diminuirmos a circulação do vírus. No caso da Delta, precisamos de, no mínimo, de 80% da população vacinada”, explica Luiz Carlos Dias, Professor do Instituto de Química da Unicamp e membro da Força Tarefa Unicamp contra a COVID-19.
Vacinação é segura e é nosso pacto coletivo. Vacine-se e proteja a si mesmo e ao próximo!